domingo, 9 de agosto de 2015

TCC estréia de novo espetáculo:

Um ano depois da montagem de sua primeira peça,"Ditadura", um texto de Nathally Amariá e direção de Lauren Christie, Nathally e Keren-Hapuk, o TCC se afirma como grupo e prepara sua nova montagem teatral; a peça "Balaco de Baco" que discute a condição do ator no atual contexto da vida artística do País. Aproveitando o fluxo de construção do grupo, para afirmar seu conceito de "coletivo que não é coletivo".  Sim, o grupo é um coletivo, mas diferentemente dos coletivos tradicionais onde a maioria dos participantes apenas "emprestam o nome" para fazer parte, enquanto dois ou três trabalham, de fato, no TCC - Teatro Cabofriense de comédia, essa relação é inversamente proporcional, o grupo se construiu de forma coletiva mas tem metas que se inspiram na confiança para fazer mudar de mãos, quando necessário, uma atividade que precisa ser resolvida com urgência. Com isso, o grupo se livra da inércia, uma praga que ronda todos os coletivos baseados, exclusivamente e equivocadamente, no afeto.
Sim, existe afeto no TCC, as pessoas se curtem se gostam, andam juntos, mas se o assunto for trabalho, o foco é a produção e a construção do OFÍCIO. E é essa consciência que faz do grupo, um espaço para o crescimento profissional.

Ainda em formação mas já com uma agenda e uma rotina firmada, 
o TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, decidiu levar
o teatro a sério. Para isso, vem buscando parcerias e ampliando 
sua agenda de trabalho.
Em busca de conhecimento e sedimentação de um OFÍCIO.

É no OFICENA - Curso Livre de Teatro de Cabo Frio, que os jovens do TCC buscam seu aprendizado e formação como artistas que estão conhecendo o complexo oficio por trás da arte do ator. Mais do que isso, o grupo que compõe o TCC, tem afinidade com o estudo e deixa claro, em suas ações dentro ou fora do curso, que o teatro é sua razão maior para estar no mundo. 
Em 2014, o grupo estudou Técnicas de Butoh, com Thomaz de Aquino, ator e estudioso de Fortaleza - CE, e em 2015 no final de Julho, o TCC foi convidado para fazer parte da vivência "En Labarca Jonadas Teatrais", onde puderam fazer, com Bruno Peixoto e Anna Fernanda, um mergulho na arte da "lapidação de cenas teatrais", através da vivência e criação de um espetáculo enquanto a troca artística era feita em tempo real.
No dia 13 de Setembro de 2014, uma OFICINA de Butoh, um
sonho realizado com o professor Thomáz de Aquino, da cidade
de Fortaleza - CE
Durante os anos de 2014 e 2015, o grupo não parou de produzir. Ensaiou a cena "Eu só liguei pra dizer que te amo" fazendo a primeira apresentação oficial no Espaço Aroeira, iniciando a prática de fazer teatro em espaços diferenciados e não apenas na casa de espetáculos da cidade de Cabo Frio, único teatro da cidade e com uma agenda completamente lotada, tendo que responder à demanda artística da cidade, que não para.
Nos dias 17, 18, 30 e 31 de Janeiro de 2015, o grupo estreou sua primeira peça longa, "Piquenique no Front", de Fernando Arrabal, com direção de Jiddu Saldanha e um elenco formado por Guilherme Costa, posteriormente substituído por Danilo Tavares que somou aos demais atores participantes: Sarah Fortes, Gustavo Vieira, Beatriz Ebecken, Gustavo Vieira e Nathally Amariá.

Kéren-Hapuk e Sarah Fortes, ensaio musical e carinho.
Foto: Manuela Ellon
TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, completa um ano lançando seu novo espetáculo no, dia 23 de agosto, no Teatro Municipal.

                     BALACO DE BACO

            Domingo, dia 23 de agosto, às 20h. a peça "BALACO DE BACO", encenada pelo TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, estará em cartaz no Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb, em Cabo Frio. Neste trabalho, o grupo reúne seus participantes que se dedicam ao grupo a um ano. Além de atores, contrarregras e produção; o grupo é formado por dramaturgos, músicos, atores e maquiadores, o que facilita um trabalho intenso de criação.
            Dirigido por Jiddu Saldanha, é um espetáculo que: "fala de um grupo teatral que descobre, uma pauta vaga, numa casa de espetáculos e,  aproveita para o mostrar seu repertório às pressas, já que a data está em cima da hora. Sem dinheiro para divulgar e pagar o elenco; o grupo corre como um desesperado para fazer o que pode e tentar ganhar um dinheiro da bilheteria para pagar um figurinista que fugiu para o Rio de Janeiro". Só existe uma saída, mostrar as cenas curtas que o grupo vinha ensaiando sem motivo".
            O TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, iniciou sua atividade artística em agosto de 2014, mês que completa um ano de atividade. Fez sua primeira participação pública, com a peça "Ditadura". Seu repertório nasceu da participação intensa em eventos consagrados ao teatro local: Fest Solos, FESQ, e Cenas do OFICENA.
            Posteriormente, o TCC, fez sua primeira montagem de rua, com a peça "Piquenique no Front", de Fernando Arrabal e direção de Jiddu Saldanha. O grupo é formado por Nathally Amariá, Gustavo Vieira, Celso Guimarães, Sarah Fortes, Beatriz Ebecken, Keren-Hapuk, Matheus Neves, Danilo Tavares, Jean Monteiro, Henrique Selani, Duda Machado, Anna Alves e Gabriel Rodrigues Neto.
            O espetáculo "Balaco de Baco" reúne todo o potencial possível do TCC, com atividades assinadas individualmente, pelos talentos do grupo, mas também, e principalmente, com a parceira firmada para o intenso mergulho no fazer teatral. Num certo sentido, o grupo se articula como um coletivo ao mesmo tempo que estimula cada participante a dar o seu melhor, a serviço do espetáculo.

SERVIÇO:

ESPETÁCULO: "Balaco de Baco"
LOCAL: Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb
DATA: 23 de agosto - 2015
HORA: 20h.
ENDEREÇO: Rua Aníbal do Vale S/N. Centro - Cabo Frio / RJ
Ingressos: R$ 5,00 - meia e R$ 10,00 inteira.
Comemoração de 1 ano de TCC - Teatro Cabofriense de Comédia.
ELENCO: Nathally Amariá, Gustavo Vieira, Celso Guimarães, Sarah Fortes, Beatriz Ebecken, Keren-Hapuk, Matheus Neves.

Ficha Técnica

TEXTO - Núcleo de Dramaturgia do TCC
DIREÇÃO - Jiddu Saldanha
DIREÇÃO ASSISTENTENTE - Nathally Amariá
DIREÇÃO MUSICAL - Kéren-Hapuk
FIGURINOS - Gabriel Rodrigues e o grupo.
DESIGN GRÁFICO - Gustavo Vieira
MAQUIAGEM - Beatriz Ebecken
FOTOS - Manuela Ellon e Pedro Brandoff
CONSULTORIA CÊNICA - Bruno Peixoto e Anna Fernanda
ILUMINAÇÃO - Wagner Cabral e Anngley Medeiros
CONTRA REGRA - Jean Monteiro
EQUIPE DE APOIO - Henrique Selani, Jean Monteiro, Danilo Tavares e Duda Machado
ELENCO: Nathally Amariá, Gustavo Vieira, Celso Guimarães, Sarah Fortes, Beatriz Ebecken, Keren-Hapuk, Matheus Neves.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Circuito independente do TCC - Teatro Cabofriense de comédia.

Domingo, agora, dia 05 de Julho, às 20h. a peça "Piquenique no Front", encenada pelo TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, estará se apresentando no ESPAÇO GARAGEM, sede do grupo Creche na Coxia. Será o primeiro passo em direção à circulação pelos espaços independentes que já existem a muito tempo e servem para local de ensaio de grupos da cidade.

No Teatro Municipal de Cabo Frio, a 20ª Apresentação do espetáculo "Piquenique no Front", abriu a perspectiva de levar
um espetáculo de rua para o palco, aproveitamento de um equipamento cultural público para um grupo independente.


Próximo a completar um ano, o TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, busca sua afirmação na cidade de Cabo Frio, através de ações simbólicas que vão culminar numa possível "libertação" das amarras do teatro local, que, para sobreviver, depende de um circuito restrito ao Teatro Municipal de Cabo Frio, insuficiente para uma cidade que já ultrapassa os 200 mil habitantes.
Desde que se apresentou no Espaço Aroeira (Ogiva), com a peça "Eu só Liguei pra dizer que te amo", texto de Jiddu Saldanha, em Janeiro deste ano (2015), o grupo vem discutindo alternativas para mostrar seu trabalho de forma independente. Foi assim que nasceu o projeto do "Piquenique no Front", do dramaturgo espanhol, Fernando Arrabal, já com um formato para  ruas e praças. O resultado foi positivo. Foram, até agora, 23 apresentações nas praças da cidade e uma apresentação no Teatro Municipal. A próxima apresentaçãom "Piquenique no Front" conta com a participação dos atores: Danilo Tavares, Beatriz Ebecken, Nathally Amariá, Kéren-Happuk, Celso Guimarães, Sarah Fortes, Duda Machado e Gustavo Vieira.
Com um quadro de artistas, quase todos em início de carreira, o TCC pretende ser um grupo com formação de repertório e pesquisa teatral variada, embora tenha em seu nome a palavra comédia, entendemos comédia, aqui, como uma forma expressiva de levar a arte em todos os seus estilos. Não somos um grupo fechado no gênero humor, mas buscamos a profundidade da "comédia humana", um exercício quase psicanalítico de mergulhar na alma humana e extrair dela o que tem de mais profundo e risível.

SERVIÇO: 
ESPETÁCULO: "Piquenique no Front"
LOCAL: Espaço Garagem
DATA: 05 de Julho - 2015
HORA: 20h.
ENDEREÇO: Rua Américo Ferreira da Silva N. 08, Parque Burle (atrás da UPA - Proximidades da escola Canto dos Pássaros) -

INGRESSOS: R$ 5,00 - meia e R$ 10,00 inteira.

domingo, 26 de abril de 2015

"Piquenique no Front", na visão de Ravi Arrabal.

O agitador cultural cabrofriense, Ravi Arrabal, fala de sua experiência ao assistir "Piquenique no Front", além de ótimas dicas, Ravi reconhece o empenho do grupo mais novo da cidade de Cabo Frio. É com prazer e muita alegria que mostramos para nosso público, a visão coerente e o reconhecimento pela nossa pesquisa, estudo e investigação da obra do dramaturgo espanhol, Fernando Arrabal.

"Piquenique no Front" - Décima Oitava aprensentação. O teatro de rua,
retornando a Cabo Frio, com grande vigor.
Assisti a 18ª apresentação do “Picnic no Front” e o que resumo agora, a partir do que relato a seguir, é que assisti um trabalho maduro, adulto, pós-puberdade! Mando a vocês via “inbox” para que vejam o que eu vi, reflitam e debatam o que lhes convir, caso tenha. Sentei na praça num dia meio barro, meio tijolo, um nublado quase chuva. E de longe vi e ouvi um coro de vozes castellanas/espanholas, em cantigas. Um passinho devagar, conquistando a praça e, por ora, até timido... E, sem pestanejar, deram início à função. Já aí me conquistaram. A praça, meio vazia, foi enchendo de público ao passo que a história seguia, o que me demonstra, cada vez mais, que é a perseverança e a vontade de fazer acontecer que torna tudo possível. Nossa arte merece quem luta bravamente por ela, e assim, quem age desta forma merece estar nesse universo fantástico do teatro. Como já conhecia a história, me debrucei em observar mais a dimensão da construção narrativa pela direção e da interpretação dos atores. E o que vi foi um trabalho vigoroso, com um ritmo envolvente! Admirei o domínio do espaço cênico e o vigor da Beatriz Ebecken e do Celso Guimarães, compadeci da fragilidade e sutileza do Danilo e da Nathally, me diverti com a histrionia do Gustavo Vieria, Saraha  Fortes e da Kéren-Hapuk (que também demonstrou muita precisão e cuidado quando na quebra do ritmo cênico para a execução do “Besame Mucho” – que, aliás, é um ponto que me leva a uma reflexão sobre a construção da narrativa). O ritmo acelerado e o notável vigor físico do elenco é um dos pontos altos do espetáculo, que mantém a atenção da plateia sem deixar de contar - muito bem - a história. É exatamente por isso que o momento da quebra do ritmo leva o espectador à um estado de suspensão, que é sublime. Até por isso entendo que o espetáculo pode apostar mais nestas tensões e distensões, até para expor mais a dramaticidade do texto e aproximar mais a plateia das dimensões psicológicas dos personagens, que estão bem construídos pelos atores.
Ás vezes quando o vento para, nos faz mais cientes da sua existência que quando forte e intenso. O único senão, no meu entendimento, é em relação ao visagismo (cenário /figurino /maquiagem). Acredito que falta apenas um pequeno acabamento nestes setores, para que toda a estética encontre uma unidade. Vejo no personagem da Beatriz Ebecken, um caminho muito bom em relação à estética e, principalmente, no soldado da Nathally, que usa muito bem algumas sobreposições simples para expor o universo simbólico do personagem. Acho que apostar mesmo nestes elementos reutilizados, fora da sua utilidade prática (como o escorredor de macarrão), podem resolver a falta de unidade de alguns itens. Sugiro apostar mesmo na sobreposições de tecidos com textura, para que todos os personagens utilizem da mesma paleta de cores e tipo de materiais parecidos, para que o figurino seja um elemento “exclusivo” do espetáculo. O surgimento de um novo grupo de teatro na cidade é recebido por mim com muita excitação e felicidade. Espero que estas poucas palavras tortas possam ajudá-los a seguir em frente neste ofício tão belo e difícil como o nosso. Teatro é sacerdócio, militância, resistência e , principalmente, criação. Vida longa ao TCC! Evoé!


(Ravi Arrabal)

domingo, 11 de janeiro de 2015

Piquenique no Front, inicia temporada de 2015 do Teatro Cabofriense de Comédia - TCC

Considerado um dos mestres do teatro contemporâneo, Fernando Arrabal, nascido em 1932, na cidade de Melilha, Espanha, tornou-se um dos maiores nomes do teatro mundial. "Piquenique no Front" é, também, a primeira montagem de rua do grupo TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, na tentativa de construir um teatro acessível ao grande público de Cabo Frio, cidade marcada pela presença massiva de turistas.
Da esquerda para a direita, o elenco: Kéren-Hapuk, Beatriz Ebecken,
Celso Guimarães Júnior, Sarah Fortes, Nathalli Amariá e  Guilherme Costa.
Direção: Jiddu Saldanha.
A peça, foi escrita no pós guerra e é uma visão irônica e um recado claro sobre o absurdo da beligerância que separa pessoas por causa de ordens superiores de generais que parecem pensar igual, ainda que o lado escolhido seja o oposto. A peça mostra, além do desperdício de vidas humanas, o imenso vazio em que a juventude é relegada em função da falta de perspectiva de futuro. O tema, embora tratado com humor, é carregado de momentos patéticos, colocando o ser humano em toda a sua paixão, mesmo num contexto de total destruição.
A montagem da peça, pelo TCC, busca, refletir sobre a falta de esperança a que os jovens são submetidos e marca o universo caótico da família, onde a construção de identidade se torna, cada vez mais aplacada pela imensa avalanche do consumismo e a total aniquilação da esperança. Num sentido mais extremo, podemos dizer que a família de Zapo, o soldado que se encontra numa encruzilhada, pois tem que cumprir com suas obrigações num campo de batalha, ao mesmo tempo que precisa da atenção aos pais, que, cansados de esperar que a guerra acabe, resolvem ir à trincheira, para saber se o filho está bem, se precisa de alguma coisa, etc...

Beatriz Ebecken, Guilherme Costa e Nathally Amariá, dedicação
na arte de representar para o público de rua!
O absurdo da situação, se agrava quando Zapo captura um inimigo e descobre que o nome dele é Zepo, além do que, vai percebendo a semelhança entre o inimigo e suas aspirações, até descobrir o absurdo a que foi envolvido, dentro de um contexto onde permanece completamente alienado do sentido da guerra. A peça, "Piquenique no Front", é uma das mais montadas no Brasil e no mundo e a forma como trata a situação da trama, traz o interesse para públicos de todas a idades, daí a decisão de fazer uma montagem para espaços não convencionais, onde o público pode ficar a vontade e descobrir um dos mais belos e singelos textos da dramaturgia mundial.


DATA E LOCAL DE APRESENTAÇÕES
Dias 17 e 18 de Janeiro na Praça da Cidadania - Espaço Zen
Horário: 18h.
Dias 31 de Janeiro e 01 de Fevereiro 
Praça São Benedito - Passagem
às 18h.

ELENCO:
Guilherme Costa, Nathally Amariá, Sarah Fortes, Gustavo Vieira, Kéren-Hapuk, Beatriz Ebecken e Celso Guimarães Júnior.

PRODUÇÃO, MAQUIAGEM E FIGURINOS:
O grupo.

DURAÇÃO: 4O minutos.

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: lIVRE.

Breve Histórico do TCC - Teatro Cabofriense de Comédia.

O TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, surgiu em agosto de 2014 e teve sua estreia como convidado do Festival de Esquetes de Cabo Frio - FESQ, com a cena "Ditadura", de Nathally Amariá. Na busca de formar seu próprio repertório, o grupo começou a buscar no NUDRA - Núcleo de Dramaturgia do OFICENA, a possibilidade de incorporar a seu repertório alguns outros trabalhos, experiências transitórias que foram sendo desenvolvidas, aceitas ou não, pelo grupo.
No início de 2015, mais dois trabalhos foram incorporados ao repertório do TCC, a cena curta "Eu só Liguei pra Dizer que te Amo", texto e direção de Jiddu Saldanha e a primeira montagem longa do grupo, a peça "Piquenique no Front", de Fernando Arrabal, dramaturgo espanhol, consagrado pela sua escrita única e caótica. 
Com um quadro de artistas, quase todos em início de carreira, o TCC pretende ser um grupo com formação de repertório e pesquisa teatral variada, embora tenha em seu nome a palavra comédia, entendemos comédia, aqui, como uma forma expressiva de levar a arte em todos os seus estilos. Não somos um grupo fechado no gênero humor, mas buscamos a profundidade da "comédia humana", um exercício quase psicanalítico de mergulhar na alma humana e extrair dela o que tem de mais profundo e risível.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Eu só Liguei pra Dizer que te Amo - Segunda Montagem.

Teatro Casa, o TCC discutindo a possibilidade de novos
espaços para levar seu repertório.
Depois do sucesso de "Ditadura", texto e direção de Nathally Amariá, que estreou nos eventos internos do curso OFICENA - Oficina Livre de Teatro de Cabo Frio, e que inaugurou as montagens do TCC - Teatro Cabofriense de Comédia. O grupo, agora, tornou-se uma realidade para Cabo Frio. Sua busca por se inserir na ecologia artística local, fez com que os participantes arregaçassem as mangas e uma nova cena curta fosse criada; "Eu só Liguei pra Dizer que te Amo", texto de Jiddu Saldanha e elenco eletrizante com as participações de: Beatriz Ebecken, Nathally Amariá, Kéren-Happuk e Gustavo Vieira, teve sua estréia no evento de cenas curtas dos alunos do OFICENA e depois foi reapresentada no projeto TEATRO CASA, inaugurando a nova aventura do grupo de se apresentar nas casas das pessoas.
A peça é um sátira aos dramalhões "mexicanos" e traça uma teia de ironia em torno da supervalorização do sexo. Na trama melodramática, uma família tenta manter as aparências, mas não consegue, tudo vem abaixo quando descobrem que toda a família está "saindo" com o mesmo homem, o famoso Oswaldo. A partir daí, uma avalanche de acontecimentos emocionais fortes tira tudo do controle e uma inesperada tragédia se instala, no meio da patética relação familiar completamente caótica.

Construção de repertório.
O TCC - Teatro Cabofriense de Comédia, está buscando construir seu próprio repertório, mergulhando em processos de "médio fôlego" para montar peças tanto de dramaturgia mundialmente reconhecida, como também, a valorização de sua própria matéria prima autoral. O grupo reúne, em sua equipe, pelo menos três autores, que pretendem aos poucos, inserir sua criação no repertório do grupo e, ao mesmo tempo, visitar o melhor da dramaturgia mundial, como é o caso da montagem de "Pic Nic no Front", de Fernando Arrabal, com previsão para estréia nos dias 17, 18, 30 e 31 de Janeiro, pelas praças de Cabo Frio em locais a confirmar.

Ensaio em espaço público para levar a alegria do teatro às praças de Cabo Frio.

Teatro Casa.
Devido ao fato de Cabo Frio ter apenas um único teatro, abarrotado de agenda, a todo o vapor, pois a cidade é uma das que mais produzem arte do estado do Rio de Janeiro, desde eventos culturais, saraus, etc... até espetáculos de dança e peças teatrais convidadas, também, de fora da cidade. Festivais de cenas curtas e eventos ligados à literatura. Isso leva a única casa de espetáculos da cidade a ser disputada até mesmo em instâncias políticas, tornando a atividade artística local apenas focada no evento, dificultando a maturação de um espetáculo para circular em outros espaços. Em função disso, o projeto Teatro Casa, pretende, levar as cenas do TCC, principalmente aquelas de curta duração, com máximo de 15 minutos, para uma experimentação nas residências dos cidadãos de Cabo Frio.
A peça "Eu só liguei pra dizer que te amo", abriu essa possibilidade ao fazer sua estréia no projeto teatro casa, por ocasião do aniversário de 50 anos de Jiddu Saldanha, um dos participantes do grupo. Novos projetos estão sendo pensados para que o grupo encontre sua sustentabilidade, no momento, o investimento mais importante em energia criativa do grupo é para a formação de um repertório eclético e o desenvolvimento técnico de seu elenco.